terça-feira, 15 de abril de 2014

Regresso

Com o computador refém da televisão há quase um ano e cansaço psicológico muito grande para o retirar ao fim do dia, ficando assim sem tv, vamos lá tentar postar pelo telemóvel. Ou então comprar uma antena já que pelo cabo a tv não dá. (Problema do cabo, não da tv. E não dá para resolver até instalarem fibra óptica no meu nairro e depois eu arrotar com quase 400 € para fazerem a ligação à casa. Esperem sentados sff)

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Poligolota #2

Grupo da residência a descer o elevador da Bica(? seria? talvez) e R a chatear a colega.

R: Olha lá Carmenzita, tu que está a aprender Italiano é que podias ensinar umas coisas à gente. Como é que se diz esquerda e direita em Italiano.

Carmenzita: Sinistra e Destra.

R: Sinistra Destra, Sinistra Destra, Sinistra Destra.

Quase ao fim do elevador já íamos todos tipo canção: Sinistra Destra, Sinistra Destra, Sinistra Destra.

Cortamos para uma ruela à esquerda quando descemos e depois novamente à direita a descer, quando encontramos um casal a subir a rua. Muito delicadamente, dizem olá, que são italianos e procuram o Elevador da Bica.

E R, no seu melhor, com um sotaque impecável, responde: À sinistra, à sinistra.

Casal agradece, e afastasse, fica tudo parado em espera, olhando uns para os outros, casal vira à esquerda e desaparece. Começaram a rir-se nesse momento e fui a chacota o resto da noite.

Descarada, chamaram-me eles, muito, respondi eu.

Poligolota #1

Estou na Residência Universitária há alguns meses, vou sair pela primeira vez ao Bairro Alto com um grupo de raparigas que não conheço muito bem. Chegamos a uma daquelas tabernas um bar, e sou apresentada a um inglês, não faço a mínima ideia do nome, que trabalha em PT há 6/7 meses.

Ele vira-se para mim e começa a falar inglês, eu delicadamente respondo:

R:  I do not speak English.

Ele faz cara de enjoado, vira-se para a rapariga que nos tinha apresentado e já não voltou a olhar para mim.

Uns dias mais tarde, com o mesmo grupo, fomos até ao Irish pub, lá estava o inglês.
Olha para mim com vontade de comer, no entanto olha melhor e vai daí diz o Inglês filho de uma senhora de vida fácil:

IFSVF: OOOHHH! You are this that does not speak English!!

E vira a cara para o outro lado. Eu como nessa altura era muito ingénua, contei até 3021 devagarinho... toquei-lhe no braço e disse (vou escrever com erros e tudo, pois continuo sem ter aprendido o maldito inglês):

R: How long you are in Portugal?

IFSVF: Six months!

R: Do you speak portuguise?

IFSVF: No!

R: Spanish?

IFSVF: No!

R: French?

IFSVF: No!

R: German (Foda-se, nesta altura acho que nem fraulein eu sabia dizer)

IFSVF: No!

R: OOOHHH!

R vira a cara vitoriosamente para o lado, e continua a apreciar a noite como se o IFSVF nem existisse.

Não outro dia fui informada pela colega que nos tinha apresentado, que nunca mais me ia convidar para sair, porque o amigo dela disse que eu tinha sido muito mal educada.


Olha, como dizia uma colega de trabalho dos tempos da fábrica, dá-me cá uns abalos à c*#$%na.

Poligolota #0

Explicação:

Aos doze deixei a escola para ir "ganhar dinheiro", após dois anos de francês na Tele-escola. Aprendi o básico apesar de não dizer uma frase seguida da  minha autoria. A pronúncia sempre muito gabada pela professora.
Aos dezassete achei por bem voltar à escola, de noite, já que sem estudos trabalhava muito e ganhava pouco.
Tive mais três anos de francês, onde continuava sem dizer uma frase completa de minha autoria, pronúncia continuou a ser gabada. entretanto via muita televisão, achei que percebia "muito" de inglês.
Aos vinte e três entrei na faculdade, numa residência universitária e descobri que noventa por cento dos manuais do meu curso eram em inglês... Tentei lê-los com um dicionário de tradução, não era capaz. Tentei lê-los em voz alta, não sabia ler os sons em inglês, lixei-me. Então arranjei uma amiga, daquelas de infância, que só se encontram aos vinte e quatro anos, ela lia em voz alta o manual, enquanto eu olhava desesperada para as letras e começava a associar os sons.

Eu gostava de falar, eu gosto de falar, pronto, eu gosto muito de falar, para falar com todos os colegas da residência comecei a praticar o meu francês e o meu inglês, ah, e o meu espanhol, e o meu italiano...
Só na minha primeira entrevista de emprego a sério, para um trabalho limpo, pelos vinte e quatro anos, é que disse: Bem, sabe eu não falo assim tão bem inglês. Depois de ter sido corrida imediatamente com a informação que não servia para as funções, passei a responder, em todas as entrevistas que fui, que falava bem inglês.

Agora imaginem as situações em que eu finjo pretendo falar estrangeiro, nem imaginam as situações constrangedoras hilariantes parvas em que me vejo envolvida.

Sem qualquer coerência histórico-temporal:

sábado, 23 de março de 2013

Comida Gourmet #1

O que faz uma mãe para não se sentir culpada de dar Hamburguer no pão para o jantar da família? Especialmente do filho de 5 anos...

Dá uma de francesa e apresenta isto para entrada:



Vou tornar-me numa blogger famosa, já tenho as fotos da comida, falta o instangram...

R.I.P. Feu


Et bien, un des petits poissons est mort. Je ne sais pas bien pourquoi.

La servante a fait une porte pour l’aquarium, mais pour moi ce n’était pas juste pour les petits poissons. Alors j'ai retiré la porte quelques fois et j'ai invité les poissons pour jouer avec moi. Le petit poisson de couleur rouge, le Feu, un jour matin, est mort.

Je ne comprends pas pourquoi la servante est furieuse avec moi, et pourquoi elle a fait une nouvelle porte avec fermeture pour l’aquarium, maintenant je ne peut pas inviter le Étoile, poisson jaune et la Princesse, blanc/rouge/noire pour jouer...

Coisas que não interessam a ninguém #1

Uma das coisas que não gosto de fazer nesta casa de imigrante é tomar banho.
Não gostas de tomar banho? Perguntam vocês (ou não).
Enfim, o duche rápido diário, sem lavar cabelo na boa. Agora aquele duche 2/3 vezes por semana em que lavo os cabelos deixa-me nervosa. Primeiro tenho que me convencer que tenho que lavar os cabelos, mesmo, depois preciso de psicologicamente me prepara para o facto.

Ingredientes:
- Cabelos a chegar abaixo do fecho do soutien, ok, podem dizer que não estão muito longos, mas para a quantidade de cabelo que eu tenho são imensos.
- Casa de banho com poliban, não banheira
- Água aquecida num cilindro de 100L

Então o meu banho com lavagem de cabelos funciona assim:

1º- Esperar que ninguém tenha utilizado a água quentes nas últimas 3 horas.

2º- Molhar-me rapidamente com água quente, fechar a água.

3º- Por champô e esfregar.

4º- tirar rapidamente e mal o champô com água quente, fechar a água.

5º- Colocar novamente champô e esfregar, tenho que lavar o cabelo sempre duas vezes senão fica oleoso.

6º- Tirar rapidamente o champô e muito bem, começar com água quente e acabar com água morna não temperada, ir verificando nestes "entretantos" se a água já transbordou para fora do poliban, abaixar e retirar o molho de cabelos que está a fechar o ralo, mandá-los para cima da torneira, fechar a água.

7º- Colocar amaciador nas pontas do cabelo e lavar o corpo com gel de banho.

8º- Ligar a água morna, retirar o gel de banho, começar a retirar o amaciador. Acabar a água quente, continuar a tirar o amaciador do cabelo, começar a rogar pragas ao cilindro, ao mesmo tempo que tento fazer a ponte dentro do poliban de modod a que a água fria só toque no cabelo e não no corpo. abaixar rapidamente, tirar outro molho de cabelos do ralo e enviar para cima da torneira, A água começa a sair gelada, começar a mandar car****das, verifico o cabelo, ainda tenho vestígios de amaciador. Faço a ponte mais para rás, mando mais umas car****das, acabo o banho gelada e furiosa. Fecho a água, tiro um molho de cabelos do ralo e dois da torneira. Embrulho-me gelada na toalha e rogo pragas ao cilindro. Penso mais uma vez em cortar o cabelo... já esteve mais longe.